Variação na Concentração de CBD: Houve variação na concentração média de CBD no sangue, com o grupo que recebeu uma dose de 9 mg/kg/dia tendo uma concentração média cerca de sete vezes maior do que o grupo que recebeu 5 mg/kg/dia. No entanto, a falta de padronização no momento da coleta de sangue dificultou a avaliação dos resultados.

Concentrações de Outros Medicamentos Anticonvulsivantes (MAs): Não foram observadas alterações estatisticamente significativas nas concentrações de MAs com a administração de CBD. No entanto, houve variações individuais nas concentrações desses medicamentos, indicando a necessidade de monitoramento constante.

Aumento na Atividade de Enzimas Hepáticas: Foi observado um aumento na atividade de enzimas hepáticas, como a fosfatase alcalina (FA) e a alanina aminotransferase (ALT), em cães que receberam CBD. Este aumento pode indicar dano hepático e possíveis interações entre o CBD e os MAs.

Efeitos Adversos (EAs): Os efeitos adversos mais comuns relatados pelos proprietários de cães que receberam CBD foram diminuição do apetite e vômitos.
Necessidade de Pesquisas Futuras: O estudo concluiu que o CBD demonstrou ser promissor como anticonvulsivante em cães, com uma redução significativa nos dias de convulsão. No entanto, os pesquisadores enfatizaram a importância de investigações adicionais, especialmente em relação à possível interação entre o CBD e o fenobarbital, bem como à variabilidade na farmacocinética do CBD em cães. Além disso, eles sugeriram a necessidade de estudos mais longos e o monitoramento da atividade hepática quando o CBD é administrado cronicamente a cães.

O estudo fornece insights valiosos sobre o potencial terapêutico do CBD no tratamento da epilepsia resistente a medicamentos em cães e destaca a necessidade de pesquisas contínuas para entender completamente seus efeitos e segurança em animais de estimação.

DOI: 10.1111/jvim.16912